segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Novos Budas

Eduardo Marinho, este é um nome de um buda da atualidade. Um cara que saiu de uma familia rica que o tachou de insano e o deserdou, abandonou tudo e foi encontrar seu próprio caminho. Eles queriam que ele fosse advogado ou engenheiro, mas ele rejeitou os ensinamentos da Universidade e se jogou na vida de rua. Passou entao a questionar com a prartica das ruas porque as pessoas enquadradas no sistema sao tao infelizes. Na rua ele aprendeu que as pessoas mais vivas sao aquelas que vivem o presente, a insegurança de estar vivo num mundo hostil, o respeito ao diferente e ao que tem liberdade de escolher o que quer fazer da vida. Eu me identifiquei muito com a filosofia de vida dele. Desde a adolescencia questiono coisas que ele questionou, so nao tive a coragem de viver livre, porque em minha mente eu tinha que comer o sistema pelas beiradas para em fim fazer o que eu queria sempre ter feito . Por questionar o sistema e nao aceitar certos dogmas e regras tambem fui chamado por ex-esposa de vagabundo. Eu nao parava em empregos e detestava ter que fazer sempre algo que era possivel fazer para obter o sustento. O que eu realmente queria era trabalhar com aquilo que me fizesse feliz, que felizmente é o que eu faço hoje como bibliotecario, organizando bibliotecas residenciais. Embora na juventude eu nao soubesse o que eu qieria afinal, eu procurava preencher o vazio que muitos carregam a vida inteira e até se suicidam por nao descobrirem afinal o que os faria felizes. Trabalhar pelo que da mais dinheiro é uma constante realidade para a maioria das pesoas. Ocorre que nosso tempo de vida se resume a algumas decadas dentro das quais deveriamos descobrir o que afinal viemos fazer aqui. Muitos passam a vida inteira trabalhando e reclamando do tipo de trabalho que sao obrigados a fazer. A ignorancia da população é corolário da nossa sociedade hipocrita que induz as pessoas a viverem para o dia a dia,, trabalhando em funçao de um salario que mal da para pagar as contas. Mas a pergunta desesperadora que a maioria das pessoas fazem é: O que fazer se eu preciso me sustentar e ao mesmo tempo quero aprender sobre coisas que necessariamente nao dao dinheiro? E ai esta a maior catraca imaginaria que faz com que as pessoas paguem o preço de uma suposta segurança que nao existe, dando a maior parte de suas vidas a um patrao que paga mal e a outro que da em troca atendimento de saude, educacao etc de péssima qualidade(o governo). No dia em que as pessoas se tocam de que o consumismo e a competição é uma grande prisao e que a midia alimenta a ideia de que se você nao consumir você não existe, ai entao essas pessoas passarao a fazer a pergunta certa. De que adianta eu ter muitos bens e ser infeliz com o que eu faço? O consumo de coisas preenche instantaneamente o vazio da alma, mas o preço é alto, é a sua vida. Quando voce compra um celular novo e caro, é sua vida que você esta dando em troca de um aparelho. Muitas pessoas compram sem necessidade, so para estarem atualizadas e nao percebem essa troca de tempo, de sangue por bens.
Foi so um exemplo, mas isso ocorre om o carro, casa etc. Eu saquei isto ha muito tempo. Aprendi a viver com pouco desde menino. Mas tenho muitos amigos que ainda estao na gaiola dourada. Sair pelo mundo andando, como Eduardo fez é uma atitude extrema, contudo voce pode rever alguns conceitos de consumo que podem mudar sua vida para muito melhor. Mesmo porque o consumo irresponsavel esta destruindo nossa casa , a Terra. Existe algo que você pode fazer para ganhar dinheiro e ser feliz ao mesmo tempo, basta buscar incessantemente que você vai encontrar. Testar gostos, testar atividades prazerosas que poderiam ser seu ganha pao e seu brinquedo ao mesmo tempo. Eu costumo dizer que nao trabalho, eu me divirto com livros. Tenho tempo livre quando quero e preciso para cuidar de mim e da familia. Mas para chegar até aqui fou um longo caminho. Passei por algumas etapas que posso te expor para ajudar você a se direcionar. 1 a grande questao: O que afinal quero fazer da minha vida para ser feliz? 2 A fé de que eu podia encontrar a felicidade no trabalho e de que o trabalho poderia ser uma coisa que me desse muito prazer em fazer. 3 A procura de ajuda. Num conto de fadas existem estas fases. Essa fase é quando o principe que passou pela fase 1 amor pela princesa e 2 foi lhe dada a missao de matar o dragao mas ele nao sabe como ...agora, na fase 3 ele tem que procurar capacitacao e para isto precisa da ajuda de um mago ou bruxa ou de um homem ou mulher sabia. Nesta fase 3 eu encontrei os dois. Um psicologo amigo (Luis)e uma psicologa e fada madrinha(Malu). Eles me ensinaram a ver que o que eu queria era possivel. Tiraram me o cabresto do sistema e colocaram me lentes de ver o mundo como uma imensidao de possibilidades. Fase 4 - aprender a usar ferramentas adequadas para matar o dragão. Capacitação. O mago me deu um anel magico e a fada me deu uma espada. O mago, aos 51 anos fazia uma faculdade. Só seu exemplo pra mim ja bastou. Fora o que ele me ensinou de tecnicas para vencer o desafio. A fada me mostrou que toda caminhada começa com o primeiro passo. No meu caso, derrotei a barreira que eu tinha em me achar velho demais para entrar numa faculdade publica aos 38 anos quando vi um cara de 51 acabando de entrar numa faculdade. Esse foi o anel. Comecei por me capacitar estudando para o vestibular entao. Essa foi a espada. Sem contar as muitas outras ferramentas que obtive com os dois amigos mágicos. Fase 5 o caminho tem seus meios de mostrar aquilo que você procura, basta estar nele e focar na busca. Mesmo não sabendo o que eu ia estudar ou o que me faria feliz saber como profissão, eu estudei 2 anos, com toda a dificuldade da época, filha pequena, desemprego ou salario baixo e falta de tempo. Soube do curso de biblioteconomia "por acaso"....se bem que no caminho não existe acaso, e me imaginei trabalhando entre milhares de livros. Aquilo me fascinou. Eu, que sempre gostei de ler e sempre achei que os livros são  uma porta para outras realidades e perspectivas, agora podia sonhar em passar a maior parte de minha vida em meio aos livros. Mas ainda restavam alguns passos da jornada. 6 enfrentar o dragao e derrota-lo. A espada e o anel magico me deram força para anfrentar o vestibular por dois anos. Por fim, no ano em que o meu avatar entrou na USP, o mar se abriu. Naquele ano, a somente naquele ano, nao teve fisica e matemática,  que eram as duas materias nas quais eu tinha muita dificuldade. Na primeira fase, caiam bichinhos do teto em cima das respostas certas de fisica e eu acertei 6 no chute. Matematica primeira fase, deu pro gasto. Nas outras materias sem ser essas ou quimica, tambem consegui boa pontuação. Mais a ajuda do enem, que ainda era facil, deu os pontos exatos para eu entrar. Grande vitoria, domei o dragao. Passo 6 acorrentar o dragao ou mata-lo. Terminar foi tao dificil como entrar no curso. O perrengue do tcc, conciliar trabalho com estudos e ainda assim produzir um bom texto de conclusao de curso foi um parto complicado, mas saiu. Dai pra frente, só alegrias. Trabalhei e trabalho com gente feliz e de bons tratos. Meu clientes sempre foram ótimos comigo e sempre me trataram melhor do que o esperado. O caminho que me trouxe até aqui teve muitos desafios, mas eu venci cada um deles. Conto meu exemplo porque sempre fui um desajustado quando se tratava de trabalhar em empresas fazendo qualquer coisa administrativa. Isto não foi ruim, foi o caminho que precisei trilhar para descobrir minha profissao com a qual me sinto feliz hoje.  A quem me leu ate aqui, e que esta se sentindo desajustado como eu me sentia, quero dizer que ha esperança se você buscar a felicidade no trabalho. Foca em descobrir o que te faz feliz. Testa coisa por coisa que você ache possível e ai você vai ver que apesar das pedras no caminho, ha gente boa que vai te ajudar a chegar onde você deseja, ao ponto de ser feliz com seu trabalho e ter motivação eterna para ir trabalhar.

sábado, 1 de dezembro de 2018

Nibirutas e crentes

Pensando sobre os nibirutas e os crentes...ambos querem salvação, ambos temem pela vida de um veículo emprestado e pelo que virá depois. Porque temer a morte se ela é um destino? Porque ter medo se não teremos controle de qualquer maneira. Porque entregar mo nos a uma crença ou outra se estamos aqui para sermos nossa melhor versao e aprendermos mais neste teatro terreno? O medo é vantagem para a sombra. A religiao é a sombra que da senso de segurança tão falso como estar num bote salva vidas furado, mas estar feliz por ter mais gente que pensa igual. Mudar para sermos melhores é tão dificil que apelamos para regras e cobrancas externas para ver se tomamos jeito. Se espiritualizar, descobrir seu mestre interior, ser comandante do seu próprio barco é tao dificil  e traz tanta responsabilidade por seus atos que vc prefere se esconder atras da casca  de uma religião. O q eu vi de crente votando em bolsonaro nao foi pouca gente. A casca descascou. Votaram mesmo sabendo q o cara é um demonio convicto. Mas passaram por cima de tudo de ruim e exacerbaram a humildade do homem que disse que ia fuzilar petralhas. Bando de hipocritas. Ainda não é garantido que foi a melhor ou pior escolha, mas o que é certo é que as pessoas que se dizem ser do bem são capazes de eleger um hitler para acabar com a corrupção, que por sinal já esta presente no ministerio do bozo. Mas este texto nao é sobre nosso boneco caradepaubraZil. É sobre nibirutas, q provavelmente os crentes nem sabem quem são e crentes, ambos esperando pelo caos. Talvez pensem que vão ser melhores quando morrerem, mas só que não...a morte não redime ninguém que em vida foi omisso, falso  acomodado ou perverso. A má noticia é esta, se nossa consciência realmente sobrevive a morte  continuaremos a furar fila na entrada do céu dos crentes, ou a vazar pelo acostamento no céu de nibirutas. Então, para todos os que tem esperanca de q Jesus, yoshua pandira,volte redima os dos pecados que continuam praticando, o conselho em fim dos tempos é que mudem para melhor por si só. Não esperem chegar no céu para serem anjos. Sejam anjos na terra realmente agindo, fazendo algo de bom para o seu vizinho desconhecido.parem de dar dizimo para construir templos ao seu deuscavalo, baal.  Larguem esse deus humanizado e se liguem a fonte criadora de tudo o que é. Esta sim é puro amor e acolhimento. Nao ve sexo,cor,raça...etc. recebe homosexuais, negros, religiosos de vários matizes...não discrimina como voces fazem. Quem não deve não teme. Se você teme o fim do mundo é porque acha que deve...mas nao deve nada a ninguém. Voce so é e continua sendo a melhor versão de voce mesmo que pôde ser até  agora, que pode sempre melhorar se voce for humilde e se der ao trabalho de aprender mais como ser melhor. Quanto aos nibirutas, mesma coisa. A diferença é que esses ja estão trabalhando nisso.
Rudi Santos